quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Não

"Você vai me abandonar e eu nada posso fazer para impedir. Você é meu único laço, cordão umbilical, ponte entre o aqui de dentro e o lá de fora. Te vejo perdendo-se todos os dias entre essas coisas vivas onde não estou. Tenho medo de, dia após dia, cada vez mais não estar no que você vê. E tanto tempo terá passado, depois, que tudo se tornará cotidiano e a minha ausência não terá nenhuma importância. Serei apenas memória, alívio, enquanto agora sou uma planta carnívora exigindo a cada dia uma gota de sangue para manter-se viva. Você rasga devagar o seu pulso com as unhas para que eu possa beber. Mas um dia será demasiado esforço, excessiva dor, e você esquecerá como se esquece um compromisso sem muita importância. Uma fruta mordida apodrecendo em silêncio no quarto."
CFA

Talvez.

Talvez um voltasse, talvez o outro fosse. Talvez um viajasse, talvez outro fugisse. Talvez trocassem cartas, telefonemas noturnos, dominicais, cristais e contas por sedex (...) talvez ficassem curados, ao mesmo tempo ou não. Talvez algum partisse, outro ficasse. Talvez um perdesse peso, o outro ficasse cego. Talvez não se vissem nunca mais, com olhos daqui pelo menos, talvez enlouquecessem de amor e mudassem um para a cidade do outro, ou viajassem junto para Paris (...) talvez um se matasse, o outro negativasse. Seqüestrados por um OVNI, mortos por bala perdida, quem sabe. Talvez tudo, talvez nada
Caio Fernando Abreu

Suponho

Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato...
Ou toca, ou não toca.

sábado, 22 de agosto de 2009

Moody, indiferente

começou a soltar os cordões das enormes sacas que trouxera: quando tornou a se aprumar, havia seis Harry Potter exclamando ofegantes diante dele.

Fred e Jorge se viraram um para o outro e disseram juntos:
- Uau... estamos idênticos!
- Não sei, não, acho que estou mais bonito - comentou Fred, examinando seu reflexo na chaleira.


Harry Potter e as Relíquias da Morte, página 45.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Você..

Se você pudesse por um instante estar em mim, perceberia o quanto te quero, que em cada sorriso escondido atrás da tela há um calor de prazer, uma ansiedade de amar, um carinho querendo ter, uma alma a cantar. Se você pudesse por um instante estar em mim, perceberia o quanto te pertenço, que somente por ti meu coração se abre. Mesmo no frio, me aquece. No silêncio, te sinto. Nas palavras, te acolho. Teus beijos, meus desejos. Se você pudesse por um instante estar em mim. Transportando-me no espaço, estando na constância do tempo, me acolhendo em teus braços, te amando sem cansaço, Me entregando em teu abraço.

....

Quantas vezes o meu não foi um sim e o meu sim foi um não? Os meus "por quês" quase nunca são respondidos e os meus "porques" nem sempre respondem.

Primeiro (des)amor.

A minha história de primeiro amor não é bela, não é comovente, não é inspiradora. Foi tão breve que consigo contá-la com apenas um fôlego.
Me lembro das noites que dormia sorrindo por saber que era tua, e também, das tão incontáveis madrugadas que senti meus olhos inchados por chorar por tua causa.
Meu amor por você foi como chaga, uma ferida na alma. Sentia queimar. Mas, em contra partida, foi lindo. O sentimento mais puro que nutri por outro ser humano.
E por tempos, eu tentei te encontrar. Tentei encontrar teus beijos em outros lábios, teu olhar em outros olhos, teu abraço em outros braços. Vão pensamento. Desejava te apagar da minha história. Desejava que você nunca tivesse me olhado, que nunca tivesse segurado minha mão., que nunca tivesse dito que me amava...
Mas hoje eu estou mais forte. Devo isso a mim mesma e ao meu tolo sentimento. Hoje eu olho pra trás e consigo ser firme. Parece que esse amor nunca existiu, por mais concreto que tenha sido.
Hoje não penso mais em você. Não me lamento pelas promessas desfeitas, não me amarguro com o teu desamor e nem me culpo mais por ter te amado.
Meus pensamentos não são mais teus, os meus lábios não procuram os teus, meus braços não chamam os teus. O meu coração não espera pelo teu. Não sou mais tua.